O Projeto Memórias dos Povos Ancestrais – Preservação do Acervo Documental do Ilê Axé Inginoquê Omorossí, nasceu com o objetivo de organizar e disponibilizar para acesso público o acervo do Ilê Axé Inginoquê Omorossí. A casa hoje, reúne em seu arquivo, além de documentos administrativos, documentos que nasceram do desenvolvimento das atividades religiosas, documentos que foram acumulados dos estudos, dos cursos e das diversas atividades sociais já realizados no Ilê. São textos, áudios e vídeos sobre o Candomblé, os Orixás, as vestimentas, as comidas, e temas gerais que constituem uma importante fonte de pesquisa para o adepto, pesquisadores, simpatizantes e afins.
Os documentos em suporte papel receberam o tratamento arquivístico passando pelas etapas de triagem, identificação, higienização, organização, acondicionamento e armazenamento seguindo todas as recomendações do CONARQ. Tratados, o Acervo foi totalmente digitalizado, o que vai garantir a preservação do documento original, que não precisará ser manipulado no momento da consulta. A digitalização além de preservar o original é o carro chefe do projeto, pois possibilita o amplo acesso ao acervo através das plataformas digitais. Além da organização do Acervo físico foram organizados também documentos nato-digitais.
O tratamento da documentação do IAIO disponibilizando o seu Arquivo para pesquisadores é uma ação que fortalece as Religiões de Matrizes Africanas. O Candomblé precisa ser valorizado e reconhecido como parte da história da Bahia e tal fortalecimento se faz com ações que impulsionem as suas manifestações, a sua atuação na área social, na área da pesquisa científica e principalmente que dê visibilidade ao seu povo e as suas tradições. É importante destacar também que os Arquivos dos Terreiros constituem a memória da casa e do candomblé e todo esse legado deve ser preservado para que as gerações futuras conheçam a sua história.